terça-feira, 24 de julho de 2018

AGRICULTURA RECICLADA

Resíduos de construções podem ser reciclados como substratos para plantas
Resíduos de construções podem ser reciclados como substratos para plantas.
Na imagem, grama Esmeralda cresce a partir de base oriunda de sobras de construção
Foto: Divulgação/Esalq

A proposta de pesquisador da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz é reutilizar e reciclar, na tentativa de tornar o meio ambiente ecologicamente equilibrado. Atualmente, cerca de 2/3 dos resíduos sólidos gerados no Brasil são materiais de construções civis e demolições. Com toda essa quantidade, por que não buscarmos alternativas de redução, reutilização e reciclagem ao invés de simplesmente descartar esses materiais em aterros ou dispersá-los no ambiente? Visando a esse reaproveitamento, Marcos Canto Machado, pesquisador do Laboratório de Química do Departamento de Ciências Exatas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, propõe em sua pesquisa transformar esses resíduos em substratos para plantas. O trabalho teve orientação do professor Marcos Kamogawa e será apresentado no Programa de Pós-Graduação em Química na Agricultura e no Ambiente do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena).

Apoiado na Lei 12.305/2010, declarada pela Política Nacional de Resíduos Sólidos e que reforça a necessidade de um novo destino a esses materiais, Machado realiza pesquisas, coletas e testes com restos de construções de diferentes partes da cidade de Piracicaba e região. “Parte dos resíduos é triturada e utilizada em obras de infraestrutura, como construção e recuperação de estradas, mas infelizmente somente uma pequena fração é direcionada a esse fim”, diz. É para a outra parte, os materiais que possuem granulometria menor, que o pesquisador direciona sua pesquisa. “Pelos aspectos físicos e químicos, tornam-se mais favoráveis ao plantio”, explica. Além desses materiais, também estão inseridos nos estudos os resíduos que contêm gesso, que é um insumo importante na agricultura e que colabora com a proposta do projeto. “Nos aterros, os resíduos de construção que apresentam gesso são uma preocupação ambiental, pois nestes materiais há substâncias (sulfatos) que podem atingir corpos hídricos ou formar outras substâncias tóxicas.”

Quando triturados, os resíduos de construção geram os chamados “agregados”: materiais que apresentam características minerais semelhantes aos solos naturais

Segundo o pesquisador, quando triturados, os resíduos de construção geram os chamados “agregados”, materiais que apresentam características minerais semelhantes aos solos naturais, diferenciando-se na presença ou ausência de nutrientes e na capacidade de retenção de água. “Antes de qualquer teste, avalio cada material, as substâncias contidas em cada amostra, a concentração de elementos tóxicos; verifico possíveis efeitos sobre organismos vivos e meio ambiente e avalio as propriedades agronômicas, a partir das quais consigo definir as correções necessárias dos materiais para serem eficientes no desenvolvimento de plantas”, esclarece o pesquisador. Somente após todos esses procedimentos se consegue apontar a eficácia dos resíduos no suporte e nutrição das plantas.

“A proposta é reutilizar e reciclar, na tentativa de tornar o meio ambiente ecologicamente equilibrado”, aponta Machado. Para isso, o pesquisador propõe a criação e o cultivo de plantas, principalmente em gramados, com o reaproveitamento dos materiais que se mostram benéficos nos testes. “Até o momento, a maioria dos resultados químicos, físicos e com plantas indicou promissora a utilização dos ‘agregados’ de construção e demolição como substrato”, destaca. A pesquisa pode contribuir com o ambiente, com os testes e metodologias que estão sendo desenvolvidos e também para a população, com a proposta do projeto.

O pesquisador já realizou apresentações orais sobre o estudo na 37ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química, na sessão de Química Ambiental, no 8° Simpósio dos Pós-Graduandos no Cena e no Encontro Nacional de Química Analítica e publicação de resumo no Setac (Society of Environmental Toxicology and Chemistry) North America 36th Annual Meeting, em 2015.

Ana Carolina Brunelli / Da Assessoria de Comunicação da Esalq

A RECICLAGEM DENTRO DA PEQUENA PROPRIEDADE


Como podem ver, na imagem acima utilizo garrafas de leite branca, essas que os depósitos de sucata não estão comprando. Todas elas aqui para mim e para a finalidade que necessito, são ideais. A mesma embalagem posso reutilizá-las dezenas de vezes. Fazendo isso eu estou economizando. Não estou comprando material que iria para a contaminação do meio ambiente. Estou retirando de circulação centenas destas e outros tipos de embalagens, atuando como um agente ambiental. Sem contar que minhas mudas além de orgânicas não sofrem ataques de pragas, doenças ou de insetos e pássaros por causa desta técnica bacana.


Como já mencionei noutro post, uma única embalagem me proporciona muitas outras finalidades, o que acaba diminuindo bastante os custos com compras de telamento, estruturas, saquinhos, placas de células para sementeiras e etc... Na imagem acima, apenas uma demonstração do que estou falando. A parte de baixo substitui os saquinhos de plásticos que acabam cedo e contaminam o meio ambiente, se torna um recipiente fantástico para a propagação de mudas e de estaquias. Já a parte de cima, o gargalo, posso utilizá-lo como células para sementeiras, como mini-estufas para proteção de mudas e ao mesmo tempo, como umidificador de solo das mesmas, me proporcionando menos trabalho nas regas e economizando dinheiro na compra de materiais, economia de água, pois a rega passa a ser a cada 2 dias no mínimo e por fim tenho menos gastos com as contas de luz e de água. Vejam como funciona este sistema que foi criado por mim e está sendo divulgado agora.

Mudas de Passiflora edulis nobilis (Maracujá)

Mudas de Citrullus lanatus (Melancia) 

Citrullus lanatus (Melancia) muda no interior